terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Domingos diz as verdades sobre a Académica


Domingos Paciência passou pelos estúdios do Rádio Clube Português, no Porto, onde participou em mais uma entrevista semana Rádio Clube/Maisfutebol. Definiu-se como treinador, falou da Académica e explicou por que a equipa de Coimbra está sempre na segunda metade da tabela.

Por que é que a Académica é sempre uma equipa da segunda metade da tabela?
Um dos objectivos que eu ambicionei foi fazer da Académica uma equipa diferente e que lutasse por outros objectivos. Quis mudar a história do clube, mas não é fácil. Já passaram por lá grandes treinadores como Artur Jorge, Vítor Oliveira, Nelo Vingada e sentiram as mesmas dificuldades.

É um problema estrutural?
Se calhar passa por aí, sim. Se queremos ambicionar outro tipo de objectivos temos de ter uma estrutura forte e isso não existe na Académica. Para uma estrutura ser forte tem de haver vários departamentos, todos com as suas funções e a trabalhar para o êxito. Na Académica não existem departamentos para a estruturação de um plantel, por exemplo.

É um clube mal organizado?
A Académica é um clube como outros, é um clube ao nível do P. Ferreira ou do E. Amadora. Eu cresci num clube grande, sei o que é um clube grande e sei como trabalha um clube grande. Os êxitos não acontecem por acaso, acontecem porque se trabalha por isso. Por isso não me surpreende que o F.C. Porto ganhe mais do que os outros.

A Académica tem o segundo pior ataque da Liga. Considera-se um resultadista?
A minha função é fazer uma avaliação dos jogadores que tenho no plantel e trabalhar da melhor forma para conseguir resultados. A Académica perdeu qualidade com a saída de Kaká, Luís Aguiar e Joeano. Mesmo assim tenho consciência que podíamos estar bem melhor classificados se tivéssemos mais qualidade na finalização. Mas daí a dizer que sou um treinador que procura o resultado, não sou. Vou a qualquer lado para ganhar.

Mesmo assim a Académica tem apenas oito golos marcados. Sente que esta equipa é a antítese do que foi como jogador?
Sinto e isso deixa-me triste. Se há aspecto que gosto de trabalhar durante a semana, é a finalização. Infelizmente ao domingo as coisas não acontecem. Não temos conseguido golos e espero que na segunda volta a equipa seja mais concretizadora.

Define-se como um treinador metódico?
Sou um treinador que me preocupo com o trabalho de organização em termos de equipa. Os meus jogadores sabem exactamente o que pretendo em termos de jogo, sabem que pretendo uma equipa a fazer campo grande quando tem bola, a fazer campo pequeno quando não tem bola, uma equipa com sentido de orientação e distâncias entre cada jogador bem definido para limitar a acção do adversário. Depois quando temos bola há uma zona de construção de risco zero e uma zona ofensiva com liberdade para risco.

Fica chateado se um jogador perde a bola em zona de construção?
Fico. Fico porque eles sabem que o risco na zona de construção não pode existir. O passe de primeira estação, que é um passe para o médio construtor, por exemplo, é um passe de risco e só pode existir se não houver nenhum adversário por perto, porque uma perda de bola em campo grande põe imediatamente em vantagem o adversário

in mais futebol

veja a entrevista completa em vídeo

Mudar a Académica não é fácil
Outro Desafio - Vídeo

Entrevista

Já vários técnicos disseram o que Domingos afirmou.Apontaram os problemas da Briosa e o caminho a seguir subir de patamar.Como sempre a direcção continua a nada fazer para melhorar o clube.
É que caso ainda não perceberam o futuro da Briosa não passa de modo algum por estádio novo.Há coisas bem mais importantes e urgentes para fazer.

Ouçam quem percebe disto!!!!!

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