terça-feira, 28 de abril de 2009

Académica empata em Paços de Ferreira

Poucos dias depois de garantir a passagem à final da Taça de Portugal, o Paços de Ferreira não foi capaz de bater a Académica. Um objectivo falhado muito por culpa de um guarda-redes, Peskovic, que na parte final de um jogo quase sempre bem disputado, fez defesas do outro mundo, evitando que Ferreira e Rui Miguel colorissem a festa. O ponto somado serve melhor as pretensões da Académica, que continua num confortável oitavo lugar.

Antes de ter começado, o jogo já estava a correr mal para Paulo Sérgio. Jorginho, com gripe, ficou em casa, e Paulo Sousa lesionou-se no aquecimento, sendo substituído por Filipe Anunciação. Como se não bastasse, Cristiano magoou-se ainda não havia 20 minutos de jogo. O treinador do Paços de Ferreira apostou num 4x4x2, com as extremidades do meio-campo a serem ocupadas por Rui Miguel e Chico Silva. Um esquema versátil que deu frutos logo aos 5', com Pedrinha a fazer o primeiro, mostrando que continua de pé quente, depois dos golos, de penálti, na Choupana, que deram ao Paços o bilhete para a final da Taça de Portugal, com o FC Porto.

Inicialmente a jogar em 4x3x3, Domingos Paciência sentiu necessidade de mexer antes da primeira meia-hora, prescindindo do lateral Berger (Pedrinho recuou para a posição de origem), lançando Saleiro para, na frente, ajudar Éder e Lito. Se esta alteração não surtiu efeitos práticos, o mesmo não se pode dizer da que foi feita ao intervalo. A entrada de Miguel Pedro (para o lugar de Lito) acabaria por ser determinante, pois foi do seu pé direito do médio-ofensivo que saiu o livre para Orlando empatar.

O atrevimento da Académica terminou quando chegou ao empate. A partir daí, desapareceu em termos ofensivos, contentando-se em gerir o empate. Uma gestão sofrida, por culpa de um Paços determinado em alcançar a vitória e, consequentemente, em proporcionar mais um momento de alegria aos seus adeptos. Um objectivo que não seria concretizado, pois Peskovic esteve sempre no sítio certo, não permitindo que por exemplo Ferreira e Rui Miguel marcassem. Para a história, fica mais um empate a um golo, como tinha sucedido nas duas épocas anteriores.

Domingos Paciência:
«Na primeira parte não estivemos dentro daquilo que costumamos fazer. Entendo que isso se deveu ao facto de termos sofrido o golo muito cedo. Acabámos por sentir muito esse golo, mas penso que reagimos bem na segunda e conseguimos chegar ao golo», afirmou Domingos Paciência, que vincou como objectivo até final do Campeonato manter o oitavo lugar na tabela classificativa.

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