domingo, 17 de maio de 2009

Ai se o campeonato tivesse mais umas jornadas....


Mesmo saindo derrotada a Naval garantiu a manutenção. Éder, Sougou e Saleiro, em apenas cinco minutos, deram a volta ao resultado, garantindo o oitavo lugar e mantendo o sonho de chegar a sexto

O dia era de despedidas. A Académica realizava o derradeiro encontro esta temporada perante o seu público e Domingos Paciência fazia a última partida
em Coimbra como treinador da Briosa. A carga emocional era, assim, assinalável.
Em jogo estava o acesso ao sexto lugar por parte da formação estudantil e a manutenção por parte da Naval e, pode-se dizer, que ninguém deverá ter saído chateado do Estádio Cidade de Coimbra, já que todos conseguiram os seus objectivos. O treinador da Briosa teve a confirmação do carinho que os adeptos nutrem por ele e Ulisses Morais, apesar da derrota, conseguiu uma vez mais que a Naval se mantivesse no principal escalão do futebol nacional. Após esta breve introdução, vamos ao jogo. A Académica conseguiu em apenas cinco minutos (65, 67 e 70), tempo em que deu a reviravolta ao resultado, o que ainda não tinha conseguido na Liga Sagres: vencer a Naval em casa. Depois de ter estar a perder desde o minuto 27, altura em que Paulão deu vantagem aos figueirenses, a Briosa beneficiou das alterações que Domingos Paciência fez na equipa para chegar ao empate. Os africanos Éder e Sougou deram a volta ao “placard” para Carlos Saleiro dar a estocada final a uma Naval que nos segundos 45 minutos foi uma pálida imagem da primeira. Isto porque na primeira parte o conjunto da Figueira da Foz criou oportunidades suficientes para ter ido para o descanso com uma vantagem mais folgada.
A Académica entrou mal na partida não conseguindo fazer as rápidas transições que caracterizam o colectivo orientado por Domingos Paciência. O trio móvel atacante (Miguel Pedro, Lito e Sougou) estava a sentir muitas dificuldades em ultrapassar a bem estruturada defensiva navalista, que não permitia que a baliza de Peiser sofresse qualquer sobressalto. Tendo em conta a forma como as duas formações estavam a jogar não foi de estranhar o golo da Naval. Paulão aproveitou sobremaneira a lentidão da defesa academista que após a defesa incompleta de Pedro Roma não foi suficientemente lesta para afastar a bola da pequena área. O resultado, embora pesado, acaba por ser justo dado a eficácia da Briosa na segunda parte.

À margem

Éder estreou-se a marcar na Liga

O avançado da Académica, Éder, marcou finalmente um golo na sua ainda curta mas promissora carreira. «Há muito tempo que esperava por este momento. Na altura em que fiz o golo nem sabia o que pensar tal era a minha felicidade», declarou. O camisola 21 estudantil tem tido uma ascensão meteórica no futebol português visto que ainda há menos de três anos jogava nos distritais. «Tenho de agradecer a Domingos Paciência as oportunidades que me tem dado», disse. O autor do golo que permitiu aos estudantes empatarem a partida descreveu ainda o lance que ficará na sua memória para o resto da vida. «O Lito fez um bom cruzamento e tive a felicidade de marcar», concluiu.

Mancha Negra faz apelo a Roma

A claque academista voltou a mostrar o carinho que nutre pelos jogadores da Briosa, especialmente, por Pedro Roma, o mais carismático atleta academista. Desta forma, a Mancha Negra levantou uma tarja no ínicio das partida onde se lia : «Os símbolos respeitam-se e veneram-se. Pedro Roma (postura) dá-nos mais uma época». Numa altura em que o guarda-redes se encontra em final de contrato, e lembre-se, já assume funções de director-geral da formação, a claque face lembrou as qualidades do guardião e lançou-lhe o apelo para que o ex-capitão não pendure já as chuteiras.

Desfile académico
No intervalo do encontro entre a Académica e a Naval todas as camadas de formação da Briosa, desde as escolas até aos juniores, desfilaram no relvado do Estádio Cidade de Coimbra, revelando todo o potencial e mostrando que o futuro do organismo autónomo de futebol está assegurado. Depois de serem apresentados pelo “speaker” de serviço os mais 200 atletas concentrara-se no centro do terreno e deram o grito académico (eferreá) que espelha a alma estudantil.

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